terça-feira, 12 de maio de 2015

Fator Selva sempre presente.. Embora os norte americanos não gostem ( preferem chama-la de Gavião), mas a Harpia é sim, a " nossa Águia". E é maior que a "Aguia careca", seu ´simbolo maior. Seelvvva !!!!


João Marcos Rosa

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Harpia: missão quase impossível

por João Marcos Rosa em 26 de maio de 2009
Saímos de Belo Horiozonte, eu e o escalador e biólogo Marcus Canuto, com uma missão, digamos, meio complicada para essa nova etapa da documentação dos ninhos de harpia na Floresta Nacional de Carajás, no Pará. Um dos ninhos, no qual a fêmea estava chocando em nossa última viagem, poderia ter o ovo eclodido a qualquer momento e a foto que comprovasse esse momento seria o nosso objetivo principal durante os dias em que ficaríamos na plataforma no alto da castanheira.

Foto: Para tentar avistar dentro do ninho (que tem a parte central mais profunda), o biólogo Marcus Canuto busca o topo da castanheira, utilizando técnicas de escalada em dossel.

Foto: Desde lá de cima, fotografa a plataforma onde ficamos pelo menos 10 horas por dia esperando as atividades no ninho. (Foto de Marcus Canuto)
A semana foi passando e a atividade no ninho cada dia mais nos levava a crer que o filhote poderia aparecer a qualquer momento. A fêmea buscava ramos várias vezes por dia para deixar o ninho mais fresco. Em nosso penúltimo dia de campo, o macho apareceu com uma presa, o que gerou ainda mais expectativa, já que o filhote precisaria se alimentar em seu primeiro dia de vida. Porém o prazo e a pressão nos deixavam cada vez mais tensos em cima da árvore.


Fotos: A fêmea levando galhos para amenizar a temperatura do ninho.

Foto: O macho após deixar a presa para a fêmea também ajuda na manutenção do ninho.



Fotos: As chegadas e saídas do ninho mostram a imponência da envergadura das harpias.
No último dia, subimos ao ninho bem cedo, devido aos fortes sinais observados no dia anterior. Para nossa surpresa (e felicidade!) o ovo estava rompido e o filhote, que se movimentava ainda com dificuldades no ninho, nos dava um dado importantíssimo para a ciência: a data exata do seu nascimento.

Foto: A  fêmea com uma parte do ovo no bico.


Fotos: Carinho de mãe, aconchego no peito e proteção contra o sol.
Descemos do ninho por volta das 19h, já escurecendo, com uma sensação maravilhosa de missão cumprida. Num trabalho imenso que no campo, pode envolver apenas uma pequena equipe, mas que sem o apoio do ICMBio, com o Fred Drummond, a Vale, que patrocina a documentação e o livro que faremos com o material no fim do ano, e a coordenação da grande amiga Tânia Sanaiotti do INPA, jamais sairia do papel. Dedico a eles e a todos  os parceiros nesse projeto essas imagens. A conquista é de todos nós e quem agradece é a NATUREZA!

Foto: Time da pesada: depois de dias acordando de madrugada e passando horas e mais horas documentando o ninho, cada um mais acabado que o outro! Marcus Canuto (SOS Falconiformes), José Borges (Sacramenta/Vale) e eu.

Foto: Pra terminar mostrando a alegria imensa que me deu essa viagem, nada como uma imagem do fim do dia na Floresta Nacional de Carajás, realmente um lugar abençoado.
Na próxima traremos imagens do crescimento desse filhote, não deixem de acompanhar.

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