sábado, 5 de abril de 2014

A Historia do GAM ( Grupamento Aero-Maritimo Ten PM Antunes) da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro- 1ªParte.

ESCANINHO DE RECORDAÇÕES


Asas seduzem. Sempre seduzem. Sejam cobertas por penas, fina pele ou de aço.

Meu primeiro contato com Helicópteros foi durante as seguidas e extenuantes  instruções de Operações Helitransportadas, inclusive Assalto Aéreo, por ocasião de minha participação na Campanha da FIP ( Força Interamericana de Paz) da OEA ( Organização dos Estados Americanos), nos anos 1965/1966, na Republica Dominicana ( América Central), comandada pelos Generais Panasco Alvim e Álvaro Braga. À Brigada Latino-americana, comandada pelo Cel Meira Mattos, era subordinado o FAIBRÁS, Destacamento basicamente composto por um Batalhão de Infantaria do Exercito brasileiro, do qual eu fazia parte, como Cabo Chefe de Peça de Mtr Brauning . 30,  e uma Companhia de Fuzileiros Navais. O Cmt do Btl era o Ten Cel Paiva, comandava a 2ª Cia ( a incendiaria), o Cap Barros, e o 3 º Pelotão ficava a cargo do Ten Joaman. Essa era a estrutura castrense a qual eu estava enquadrado no verdor de meus 18 anos.

Nossa rotina era ocupar posições e patrulhar áreas criticas em conjunto topo tático  adredemente selecionado pelo Escalão Superior, sempre nos limites da Capital Santo Domingo. Ali era considerada nossa " Linha de Frente". Essa missão normalmente durava  cerca de 10 dias. Após, retornávamos ao acampamento principal, próximo a favela Mata Hambre, onde ficávamos sob regime de Sobreaviso ( alerta) e envolvidos em um programa contínuo de Instrução Especializada, até novo envio a "Linha de Frente".

 As instruções de Operações Helitransportadas ( Assalto Aéreo) eram ministradas com Helicópteros e demais equipamentos do Exercito Americano, que lá estava representado por uma Divisão  Aerotransportada. Os instrutores eram Oficiais e Sargentos americanos, sendo que alguns estavam de folga na Campanha do Vietnam, e como não desejavam passar este período em seu País, eram utilizados como Instrutores e Monitores na Rep Dom. Depois retornavam ao Continente Asiático.
 Desse primeiro contato com Helicópteros Militares nunca mais me esqueceria, até mesmo porque nosso Contingente foi por diversas vezes elogiado em razão da destreza, coragem, profissionalismo e criatividade demonstrados durante os exercícios. Obs- Criatividade, por exemplo, porque ao arrepio do Manual de Procedimento, a Tropa brasileira em vez de aguardar que o Aparelho tocasse o solo, para sair, entrar em formação em leque  para defende-lo,  e então progredir no terreno; por conta própria passou a lançar-se no ar, de tal forma que, quando o Helicóptero aterrizava,  todos os componentes dos Pelotões já haviam saltado e estavam a boa distancia progredindo. No inicio foi difícil os instrutores americanos  concordarem com essa mudança de regra, até que viram, que com essa medida , o Aparelho ficava um tempo bem menor  exposto ao fogo inimigo. A partir dai cada vez mais nosso tempo diminuía para cumprir os procedimentos, embora de forma inversamente proporcional, calombos, entorses e luxações  aumentassem nas canelas, tornozelo e joelhos verde amarelos( continua).

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