Segadas Vianna – jornalista – DRT-RJ 26647 – " Aquele que se sabe profundo esforça-se por ser claro;aquele que gostaria de parecer profundo à multidão esforça-se por ser obscuro" – F. Nietzsche
O BOPE precisa voltar à sua atividade fim com urgência
O Batalhão de Operações Policiais Especiais, o BOPE, foi criado com uma única intenção: ser uma tropa de elite pronta para intervenções.
Os homens do BOPE sempre foram treinados em negociação e resgate em situações onde haja reféns, foi criado para atuar em ações de contraterrorismo urbano e também para intervenções em situações policiais de crise, onde só uma tropa com suas características poderia atuar.
Com o tempo o BOPE foi perdendo uma série de aspectos que o denotavam como tropa de elite. Em primeiro lugar seu contingente passou para a imensidão de quatrocentos e cinquenta homens, o que torna impossível um treinamento específico adequado a todos os seus integrantes e também dificulta o filtro de policiais que se desviem de sua missão e se acumpliciem a criminosos de alguma forma.
Em segundo lugar de tropa de intervenção o BOPE passou a ser usado no caso das UPPs como tropa de ocupação, o que por si só já é um tremendo desvio de função.
E em paralelo o BOPE começou a fazer operações de rotina de combate ao narcotráfico nas favelas do Rio e Grande Rio o que também faz surgir, pelas características de tropa de combate do BOPE, um número maior de vítimas fatais inocentes.
O BOPE, até para ser preservado e continuar a ser uma das melhores tropas do mundo de intervenção urbana, precisa com urgência voltar à sua atividade fim.
Ou então ele deixa de ser uma unidade de operações policiais especiais e passa a ser, como vem sendo, apenas mais uma unidade da PM, com uniforme e treinamento diferentes do restante da tropa regular.
O preço disto é pago pela própria PM que aos poucos vai perdendo uma de suas melhores unidades especializadas pela sua descaracterização, pela sociedade que não consegue ver o BOPE atender onde realmente sua ação é necessária e imprescindível e finalmente pelo próprio BOPE, que ao ser descaracterizado acaba também deixando de ser na prática o Batalhão de Operações Policiais Especiais.
Os homens do BOPE sempre foram treinados em negociação e resgate em situações onde haja reféns, foi criado para atuar em ações de contraterrorismo urbano e também para intervenções em situações policiais de crise, onde só uma tropa com suas características poderia atuar.
Com o tempo o BOPE foi perdendo uma série de aspectos que o denotavam como tropa de elite. Em primeiro lugar seu contingente passou para a imensidão de quatrocentos e cinquenta homens, o que torna impossível um treinamento específico adequado a todos os seus integrantes e também dificulta o filtro de policiais que se desviem de sua missão e se acumpliciem a criminosos de alguma forma.
Em segundo lugar de tropa de intervenção o BOPE passou a ser usado no caso das UPPs como tropa de ocupação, o que por si só já é um tremendo desvio de função.
E em paralelo o BOPE começou a fazer operações de rotina de combate ao narcotráfico nas favelas do Rio e Grande Rio o que também faz surgir, pelas características de tropa de combate do BOPE, um número maior de vítimas fatais inocentes.
O BOPE, até para ser preservado e continuar a ser uma das melhores tropas do mundo de intervenção urbana, precisa com urgência voltar à sua atividade fim.
Ou então ele deixa de ser uma unidade de operações policiais especiais e passa a ser, como vem sendo, apenas mais uma unidade da PM, com uniforme e treinamento diferentes do restante da tropa regular.
O preço disto é pago pela própria PM que aos poucos vai perdendo uma de suas melhores unidades especializadas pela sua descaracterização, pela sociedade que não consegue ver o BOPE atender onde realmente sua ação é necessária e imprescindível e finalmente pelo próprio BOPE, que ao ser descaracterizado acaba também deixando de ser na prática o Batalhão de Operações Policiais Especiais.
1.Pleno acordo que o BOPE precisa voltar a sua atividade fim com ” UU “. Mas ….
2. O aumento de efetivo é necessário e compatível. Quando a PM tinha 20.000 homens, o BOPE tinha 180, portanto nada mais coerente que, para uma PM de quase 50.000 homens o BOPE tenha 450, afinal é um Batalhão e não uma Cia. O que não se pode abrir mão é que todo seu efetivo tenha sido escolhido a dedo e treinado como um OE. O BOPE é um subsistema da PM, portanto carece de fundamento as assertivas que seu pálido aumento de efetivo impeça o treinamento especializado e o controle sobre o comportamento de seus homens. Quando falei em subsistema quis dizer que quando o efetivo aumenta, o Estado Maior também aumenta, em recursos e em capacidade de Planejamento, Organização, Comando, Coordenação e Controle. Se tal não está ocorrendo, ai sim, pode-se prever um momento entrópico, por erro de gestão.
3.Uma tropa de Intervenção, permanente, tem que estar preparada para episódicas missões de ocupação sim. Faz parte do faseamento , do fator consequência de suas próprias missões. O que não pode ocorrer é que as ocupações sejam permanentes ou semipermanentes.
4.As vitimas fatais inocentes, infelizmente fazem parte das características do conjunto topotático/ violência dos criminosos ligados ao trafico de drogas/ uso de armamento de guerra, pelos criminosos e consequentemente pelas Policias. Este quadro causa as vitimas fatais, e não o maior ou menor emprego do BOPE. Aliás, pelo contrario, se não fosse o altíssimo grau de profissionalismo/ capacitação técnica/adestramento dos homens do BOPE , essas vitimas com certeza seriam bem mais numerosas.
5. O BOPE é sim, mais uma Unidade da PM. O BOPE nunca poderá ser tratado como outra PM. O BOPE não é um fim em si mesmo. Existe para, ao cumprir suas cada vez mais complexas missões, elevar também, cada vez mais o nome da bicentenária Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro.
6. O BOPE superará mais essa crise. Já o fez antes. Digo-lhe que já foi até bem pior em outras épocas, quando os inimigos internos eram mais poderosos e melhor colocados na cadeia de comando.
7. Grande abraço e obrigado mais uma vez por sistematicamente defender nossa PM.
Cel PM Wilton Soares Ribeiro