domingo, 25 de setembro de 2016

Fator Selva sempre presente. Observar e ouvir pássaros soltos e a nossa volta, não tem preço. Um dos pilares da felicidade passa seguramente por isso. Seellvvvvaaa !!!!!!

Curiosidade animal

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Aves do Pantanal

por Fábio Paschoal em 22 de setembro de 2016
O Brasil é o segundo país em número de espécies de aves no mundo (atrás da Colômbia) - Fotos: Fábio Paschoal
O Brasil é o segundo país em número de espécies de aves no mundo (atrás da Colômbia) – Fotos: Fábio Paschoal
Capítulo 2 da série Pantanal: Terra das Águas
É impossível não se encantar com as aves do Pantanal. Onde quer que você olhe, lá está uma nova espécie que você nunca havia visto antes. Cada uma com uma plumagem diferente, com cores tão vibrantes que as vezes nos fazem indagar se são realmente naturais. Com tanta variedade, é fácil entender porque tantas pessoas são amantes das aves, elas estão sempre ativas, são belas e estão por toda a parte.
[Veja o capítulo 1 da série Pantanal: Terra das Águas]
[Veja a introdução e o sumário da série Pantanal: Terra das Águas]
Escolha uma cor. Pode ser preto como o anu-preto, branco como a garça-branca, cinza como a curicaca-pantaneira, marrom como a coruja-buraqueira, verde como o papagaio-verdadeiro, amarelo como o canarinho-da-terra, laranja como o joão-pinto, vermelho como o verão, azul como o saí-andorinha ou multicoloridas como o araçari-castanho. Para cada cor escolhida existe uma ave correspondente.
Anus-pretos (Crotophaga ani) - Foto: Fábio Paschoal
Anus-pretos (Crotophaga ani) – Foto: Fábio Paschoal
Garça Branca/ Great Eagret (Ardea alba) - Foto: Fábio Paschoal
Garça Branca/ Great Eagret
(Ardea alba) – Foto: Fábio Paschoal
Curicaca-pantaneira (Theristicus caerulescens) - Foto: Fábio Paschoal
Curicaca-pantaneira (Theristicus caerulescens) – Foto: Fábio Paschoal
Coruja Buraqueira (Athene cunicularia) - Foto: Fábio Paschoal
Coruja Buraqueira (Athene cunicularia) – Foto: Fábio Paschoal
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) - Foto: Fábio Paschoal
Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) – Foto: Fábio Paschoal
Canarinho-da-terra (Sicalis flaveola) - Foto: Fábio Paschoal
Canarinho-da-terra (Sicalis flaveola) – Foto: Fábio Paschoal
João-pinto (Icterus croconotus) - Foto: Fábio Paschoal
João-pinto (Icterus croconotus) – Foto: Fábio Paschoal
Verão (Pyrocephalus rubinus) - Foto: Fábio Paschoal
Verão (Pyrocephalus rubinus) – Foto: Fábio Paschoal
Saí-andorinha (Tersina viridis) - Foto: Fábio Paschoal
Saí-andorinha (Tersina viridis) – Foto: Fábio Paschoal
Araçari-Castanho (Pteroglossus castanotis) - Foto: Fábio Paschoal
Araçari-Castanho (Pteroglossus castanotis) – Foto: Fábio Paschoal
Os penteados são os mais diversos: o mutum-de-penacho tem cabelo encaracolado, a garça-real tem rabo de cavalo, o pica-pau-velho tem moicano. Tem os que preferem investir no topete, como a seriema, e os carecas, como o urubu-rei.
Mutum-de-penacho (Crax fasciolata) - Foto: Fábio Paschoal
Mutum-de-penacho (Crax fasciolata) – Foto: Fábio Paschoal
Garça-real (Pilherodius pileatus) - Foto: Fábio Paschoal
Garça-real (Pilherodius pileatus) – Foto: Fábio Paschoal
Pica-pau-velho (Celeus lugubris) - Foto: Fábio Paschoal
Pica-pau-velho (Celeus lugubris) – Foto: Fábio Paschoal
Seriema (Cariama cristata) - Foto: Fábio Paschoal
Seriema (Cariama cristata) – Foto: Fábio Paschoal
Urubu-rei (Sarcoramphus papa) - Foto: Fábio Paschoal
Urubu-rei (Sarcoramphus papa) – Foto: Fábio Paschoal
Os bicos, bem variados, servem para conseguir o alimento que precisam de formas diferentes. Podem ser robustos para quebrar sementes, como o das araras; finos e delicados para pegar insetos, como o das arirambas; afiados para cortar carne, como o dos gaviões; em forma de lança para pescar, como o dos biguatingas; ou até em forma de colher como o do colhereiro, que o usa para procurar micro crustáceos nas poças. Outros desenvolveram bicos com várias funções, como o Tucano, que além de se alimentar de frutas usa seu longo bico para pegar ovos e filhotes de outros pássaros.
Arara-canindé (Ara ararauna) - Foto: Fábio Paschoal
Arara-canindé (Ara ararauna) – Foto: Fábio Paschoal
Arirambinha-bico-de-agulha (Galbula ruficauda) - Foto: Fábio Paschoal
Arirambinha-bico-de-agulha (Galbula ruficauda) – Foto: Fábio Paschoal
Gavião Carijó (Buteo magnirostris) - Foto: Fábio Paschoal
Gavião Carijó (Buteo magnirostris) – Foto: Fábio Paschoal
Biguatinga (Anhinga anhinga) - Foto: Fábio Paschoal
Biguatinga (Anhinga anhinga) – Foto: Fábio Paschoal
Colhereiro (Platalea ajaja) - Foto: Fábio Paschoal
Colhereiro (Platalea ajaja) – Foto: Fábio Paschoal
Tucano-toco (Ramphastos toco) - Foto: Fábio Paschoal
Tucano-toco (Ramphastos toco) – Foto: Fábio Paschoal
O momento mais crítico na vida de uma ave é o período em que ela está no ninho. Por isso, elas desenvolveram estratégias para proteger seus filhotes. O joão-de-barro constrói um ninho com uma entrada em L e coloca seu ovo dentro de uma câmara protegida do bico do tucano que não pode fazer a curva.
João-de-barro  (Furnarius rufus) - Foto: Fábio Paschoal
João-de-barro (Furnarius rufus) – Foto: Fábio Paschoal
O bico-de-prata coleta fibras de palmeira, as costura para formar um ninho em forma de pêndulo e deixa um pequeno buraco como entrada. Quando o adulto entra no ninho o peso dele faz a entrada fechar. O japuíra constrói um ninho com a mesma estrutura, mas utiliza fungos com espessura de fios de cabelos, que coleta nos troncos das árvores.
Bico-de-prata construindo o ninho (Cacicus solitarius) - Foto: Fábio Paschoal
Bico-de-prata construindo o ninho (Cacicus solitarius) – Foto: Fábio Paschoal
Japuíra voltando pro ninho com larva (Cacicus chrysopterus) - Foto: Fábio Paschoal
Japuíra voltando para o ninho com uma larva (Cacicus chrysopterus) – Foto: Fábio Paschoal
Os pica-paus fazem buracos em árvores ou cupinzeiros para botarem seus ovos e ficarem protegidos. Aves maiores, como papagaios e araras, aumentam esses buracos e para poderem utilizá-los com o mesmo fim.
Birro ou pica-pau-branco (Melanerpes candidus) à esquerda e  Papagaio Verdadeiro (Amazona aestiva) à direita - Foto: Fábio Paschoal
Birro ou pica-pau-branco (Melanerpes candidus) à esquerda e Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) à direita – Foto: Fábio Paschoal
Algumas aves preferem fazer ninhos com gravetos, como o tuiuiú. Enquanto um dos pais sai para buscar água e comida para os filhotes o outro fica no ninho para protege-los contra predadores. Já o mãe-da-lua confia na camuflagem. Coloca um ovo direto na árvore e fica imóvel, fingindo que é um galho quebrado, até o filhote nascer.
Tuiuiú no ninho (Jabiru mycteria) - Foto: Fábio Paschoal
Tuiuiú no ninho (Jabiru mycteria) – Foto: Fábio Paschoal
Mãe da Lua (Nyctibius grandis) - Foto: Fábio Paschoal
Mãe-da-lua (Nyctibius grandis) – Foto: Fábio Paschoal
Existem aves que não constroem ninho nenhum. O quero-quero coloca o ovo no chão e ataca qualquer coisa que chegue perto dele. O joão-pinto prefere utilizar o ninho feito por outros pássaros. Já a arara-azul, que enfrenta dificuldades para construir seu ninho em uma cavidade natural, conta com a ajuda do Projeto Arara Azul, que instala ninhos artificiais nas árvores e aumenta as chances de sobrevivência da espécie. Graças aos esforços do Projeto, a arara-azul saiu da Lista de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.
Quero-uero (Vanellus chilensis) atacando Carcará (Caracara plancus) - Foto: Fábio Paschoal
Quero-quero (Vanellus chilensis) atacando Carcará (Caracara plancus) – Foto: Fábio Paschoal
 João pinto (Icterus croconotus) voltando pro ninho que roubou do Bico de Prata - Foto: Fábio Paschoal
João-pinto (Icterus croconotus) voltando pro ninho que roubou do Bico de Prata – Foto: Fábio Paschoal
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) no ninho artificial - Foto: Fábio Paschoal
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus) no ninho artificial – Foto: Fábio Paschoal
As aves estão na água, na terra e no ar. Podem nadar como o ananaí, mergulhar como o biguatinga, andar como a ema, escalar como o pica-pau-de-topete-vermelho, podem até cavalgar como a maria-cavaleira. E claro, elas podem voar.
Ananaí (Amazonetta brasiliensis) - Foto: Fábio Paschoal
Ananaí (Amazonetta brasiliensis) – Foto: Fábio Paschoal
Biguatinga (Anhinga anhinga) - Foto: Fábio Paschoal
Biguatinga (Anhinga anhinga) – Foto: Fábio Paschoal
Ema com filhotes (Rhea americana) - Foto: Fábio Paschoal
Ema com filhotes (Rhea americana) – Foto: Fábio Paschoal
Pica Pau de Topete Vermelho (Campephilus melanoleucos)  - Foto: Fábio Paschoal
Pica-pau-de-topete-vermelho (Campephilus melanoleucos) – Foto: Fábio Paschoal
Maria-cavaleira (Machetornis rixosa) em sua montaria no Pantanal - Foto: Fábio Paschoal
Maria-cavaleira (Machetornis rixosa) em sua montaria no Pantanal – Foto: Fábio Paschoal
gavião-fumaça (Heterospizias meridionalis) - Foto de Fábio Paschoal
Gavião-fumaça (Heterospizias meridionalis) – Foto de Fábio Paschoal
As aves conquistaram todos os cantos do planeta. Sua graça, diversidade e onipresença são extraordinárias e produziram um exército de entusiastas preparados para enfrentar as condições mais difíceis para observá-las na natureza. Essas pessoas podem ser uma grande ajuda na luta pela conservação desses seres alados.
Que nossos céus continuem sempre coloridos pela beleza das aves.
[Não perca o capítulo 3 de série Pantanal: Terra das Águas na próxima quinta-feira (29)]

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