domingo, 30 de março de 2014

Da série UPPINHA É O CACETE, ou, O POVO DE NITERÓI MERECE RESPEITO, ou ainda, NADA MAIS TEIMOSO QUE A VERDADE.

O jornal Extra desse fim de semana apresenta em sua 1ª página a matéria : "UPPinha do Morro do Estado já tem sede para 120 policiais".

Em primeiro lugar, viva a PM. Sim, a população de Niterói, já há muito tempo , há cerca de sete anos está a clamar e necessitar fisicamente de mais Policiais em nosso território, em nossos logradouros.
Que venham os Heróis sociais, os Gendarmes da lei e da ordem, os Centuriões do bem. Nossas famílias, amigos, vizinhos, visitantes estão precisando, e muito,  de mais presença efetiva de Guardiões fardados e armados, em apoio aos bravos Combatentes do 12º BPM, a inibirem, desestimularem a ação daqueles que teimam em pautar suas nefastas condutas em ações criminosas contra a população de bem de nosso Município. Mas por favor, um veiculo de comunicação da importância do Extra denominar a  modalidade de policiamento de UPPinha, é totalmente desrespeitoso com a  sofrida gente de Araribóia. Até mesmo o nome de  DPO Ref ( Destacamento de Policiamento Ostensivo Reforçado) seria bem aceito, tendo em vista que o efetivo de 60 homens não é uma Companhia de Policia Militar completa, para ser chamada de Companhia Destacada , e sim 2 Pelotões . OBS-  Creio que a  nomenclatura certa seria Cia (-), isto é Companhia menos. Mas isso já seria uma outra abordagem.

Se a parte relativa ao pedido de respeito já foi citada acima,  falta tocar na outra parte da postagem ou seja , a teimosia da verdade.

É que, para mantê-la teimosa e determinada ( A VERDADE), é importante que se registre, que no segundo semestre de 2006, foi implantado no mesmo Morro do Estado, a exemplo do que já havia sido feito no Morro do Cavalão em 2002,  uma modalidade de Policiamento Ostensivo denominada  GEPAE ( Grupamento de Policiamento em Área Especial), a comando de Oficial e com o efetivo de 90 Policiais Militares. Para tanto, foi construído um aquartelamento de alvenaria, como Sede, pela PMERJ, com o apoio da Prefeitura de Niterói, à beira do campo de futebol da Comunidade.

 Esse elemento desdobrado da PM, como se  chamou GEPAE, poderia ter se chamado UPP ou Cia Destacada, ou Subunidade Avançada, etc. O problema é o que teria  sido  feito dele (O GEPAE com  90 homens fardados e armados), implantado no alto do Morro. do Estado, no ano de 2006,   para justificar que 8 anos após novo elemento desdobrado, com uma nomenclatura diferente,  fosse reinaugurado no mesmo local, com quase o mesmo efetivo, a mesma missão e ocupando a mesma Sede, como se o GEPAE nunca tivesse existido fisicamente.

É realmente algo muito difícil de entender. Encerro portanto lembrando que o Povo de Niterói merece respeito.

domingo, 23 de março de 2014

A pergunta que não quer calar: A quem caberá o Comando????


Wilson Tosta - O Estado de S. Paulo
A intervenção das Forças Armadas na segurança pública do Rio de Janeiro, pedida pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) à presidente Dilma Rousseff, será a primeira ação militar do gênero desenvolvida depois da edição do novo - e polêmico - Manual de Garantia da Lei e da Ordem do Ministério da Defesa.  Nesta segunda-feira, 24, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) se reunirá com o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e outras autoridades para definir a atuação das tropas federais no Estado.
Editado no fim de 2013 para normatizar e dar base legal à atuação da Marinha, Exército e Aeronáutica como polícias, o Manual de GLO foi duramente criticado porque sua redação indicava que movimentos sociais poderiam ser considerados "forças oponentes". Mesmo negando que visasse à repressão de atos públicos durante a Copa do Mundo de 2014 e ressaltando que as Forças Armadas ficariam apenas como reserva estratégica, a ser acionada apenas se houvesse perda de controle da segurança por parte das forças policiais convencionais, o Ministério da Defesa recuou. Depois que o Estado publicou reportagem sobre o texto da Portaria Normativa Nº 3.461 /MD, de 19 de dezembro de 2013, que oficializava o texto, o ministro Celso Amorim anunciou que o Manual mudaria, o que ocorreu em 31 de janeiro de 2014, com a Portaria 186/MD.
Apesar das mudanças de palavras e da eliminação de expressões incômodas para ativistas - sumiram as "Forças Oponentes", que incluíam "organizações criminosas, quadrilhas de traficantes de drogas, contrabandistas de armas e munições, grupos armados", além de "movimentos e organizações" e outras - o texto manteve seu caráter original de militarização da segurança. Ele prevê que, após solicitação do governador, o chefe do Executivo federal poderá determinar o emprego das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem.
"Após a decisão presidencial, comunicada ao ministro da Defesa, a este incumbirá, assessorado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), emitir a Diretriz Ministerial (DM) para ativação dos Comandos Operacionais e a designação dos respectivos Comandantes", diz o texto.
A Diretriz Ministerial deverá conter : "a) os objetivos estratégicos; b) as diretrizes estratégicas; c) as relações de comando; e d) outras condicionantes a serem consideradas no planejamento." Poderão ser ainda emitidas pelo ministro Diretrizes Complementares. "Com base na DM, o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (CEMCFA) deverá emitir as Instruções para o Emprego das Forças Armadas (IEFA) para orientar as atividades de planejamento e emprego a serem desenvolvidas pelo EMCFA, pelos Comandos das Forças Singulares (FS) e pelos Comandos Operacionais a serem ativados", continua o manual.
Segundo o manual, "o emprego das Forças Armadas em Op GLO tem por objetivo a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio em situações de esgotamento dos instrumentos a isso previstos no art. 144 da Constituição ou em outras em que se presuma ser possível a perturbação da ordem". Nessa hipótese, "caberá à autoridade competente, mediante ato formal, transferir o controle operacional dos órgãos de segurança pública (OSP) necessários ao desenvolvimento das ações, para a autoridade encarregada das operações. Esta deverá constituir, sob seu controle operacional, um Centro de Coordenação de Operações (CCOp), composto por representantes dos órgãos públicos e/ou outros órgãos e agências, nos níveis federal, estadual e municipal, bem como empresas e ONG."
Sob comando do encarregado da operação pelo governo federal, o CCOp, afirma o texto, será constituído nos moldes de um estado-maior militar, com as seções de Pessoal, Inteligência/contrainteligência, Operações, Logística, Assuntos Civis, Comunicação Social, Comunicações (incluindo Guerra Eletrônica e Defesa Cibernética), Assuntos Jurídicos e outras julgadas pertinentes à missão. O texto prevê ainda que, para registro das ações da tropa, dar transparência às ações e resguardar seus executantes de "eventuais distorções informativas, deverá haver uma equipe de filmagem e fotografia composta por pessoal especializado". Também é assegurado, no curso das Op GLO, "direito ao livre exercício da imprensa, excetuadas circunstâncias em que houver manifesto risco à incolumidade física dos profissionais da mídia ou da própria Op GLO.".


 




 

sexta-feira, 14 de março de 2014

O PM NÃO É JESUS CRISTO


Triste, muito triste, ver as imagens do JN de 11 Mar 2014, onde ficou longamente estampado uma fração de tropa da PMERJ sendo atacada a chutes, pontapés, tijoladas, pazadas  e tapas na cara, por moradores da Rocinha, a principio ligados ao movimento de drogas. ( Os rapazes do movimento).

 Inicialmente quero deixar bem claro que sou a favor do Programa/ Projeto  dos GEPAE/ UPP.

E não poderia ser de outra forma tendo em vista que tive o orgulho profissional de estar comandando  a PMERJ quando  a primeira Subunidade  organizacional, seguindo a premissa básica da massificação de volumoso efetivo em determinado espaço geográfico, foi planejada e implantada, após exaustivos estudos do EMG ( Estado Maior Geral), chefiado pelo Cel PM Montenaro. Foi implantada em Setembro de 2000, nos Morros do Pavão, Pavãozinho e Cantagalo, com o efetivo de 120 homens, a comando do Maj PM Carbalo. com o nome de GEPAE ( Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais).
Como não poderia deixar de ser foi um sucesso, um excelente Projeto Piloto de Policia Ostensiva, o 1º GEPAE/UPP. Incontáveis registros na mídia nacional e internacional criaram e registraram para a história, excelente banco de  dados e substancial massa crítica a respeito da experiência.. Afinal a premissa básica, ou seja uma volumosa concentração de Tropa  distribuída em privilegiado e até certo ponto acanhado território, em forma de Policiamento Ostensivo, diuturno, presente, atuante e até certo ponto sufocante, com características de eternidade, tinha que dar certo, ali, ou em qualquer outro lugar do mundo. ( No inicio, pelo menos- Afinal não podemos esquecer  nem desmerecer uma das conclusões de Montesquieu, qual seja : " As conquistas são fáceis de fazer, porque as fazemos com todas as nossas forças, são no entanto difíceis de preservar, porque as defendemos só com parte das nossas forças").

Tão certo deu, que nos anos e Governos que se seguiram os GEPAE/ UPP irradiaram e foram implantados em várias  áreas consideradas críticas que se seguem : Formiga, Chácara do Céu, Casa Branca, Vila Cruzeiro, Cavalão, Providencia, Morro do Estado, Rio das Pedras, Gardênia Azul, Anil.

Em termos organizacionais, já em 2004, a Departamentalização da PM estava a exigir a criação de um Comando Intermediário próprio, tendo sido implantado o CEPAE ( Comando de Policiamento em Áreas Especiais) tendo sido seu primeiro Comandante o Cel PM UIbiratan.

Então como ser contra um Programa/Projeto vitorioso, como já disse, nascido e implantado durante nossa administração PM  e previsto no Plano de Segurança do Governo Estadual à época.

O problema é outro. O problema é a forma creio, açodada, em aumentar desmesuradamente a malha formada pelos GEPAE/ UPP sem que a retaguarda consiga suprir as necessidades básicas daqueles que já foram implantados.

O problema que está acontecer é que de uma forma ou de outra , todos os outros segmentos do Estado continuam e continuarão a colher os  louros das ações nas áreas especiais e a PM, incoerentemente, como a principal vertente estrutural do Programa/ Projeto, está cada vez mais fadada a receber críticas, tiros, bombas, sóis quadrados, mortes ,sofrimento, sepultamentos, enlutamentos e mais recentemente, tapas na cara e tijoladas nas canelas.

Até quando?  Está claro e sabido por aqueles que dedicaram o mínimo de seu tempo a estudar os clássicos,  nos bancos escolares de nosso Sistema de Ensino Policial Militar, que uma terrível armadilha/fenômeno administrativa chamada " GIGANTISMO" já está se apoderando dos destinos do Programa/ Projeto GEPAE/UPP.

No aspecto humano, o "gigantismo" se não tratado a tempo pode condenar o corpo humano a intensos e imensos sofrimentos e até a morte. Uma de suas principais características além do crescimento desproporcional  é a incapacidade de todo o organismo ser oxigenado com eficácia. O coração não consegue enviar a carga logística de sangue necessária a uma área tão grande , com o volume e  regularidade corretos,  provocando o sofrimento e a morte do indivíduo.

Na administração, o Projeto surge, dá certo, é aplaudido, vira modelo, e começa a crescer. A principio tudo bem. Com o tempo, as linhas de suprimento começam a falhar, os depósitos de suprimento de pessoal começam a claudicar. Outras variáveis surgem que não foram previstas.

No caso atual, em que a coluna vertebral conceitual do Projeto é a massificação, é a distribuição espacial do efetivo PM , não por KM nem Metro quadrado, mas por Centímetro quadrado, perda e não reposição, de efetivo é mortal.

Ora, todos sabemos que a PM perde mais de 1000 homens  por ano, pelos mais variados motivos: Morte, doenças graves, passagem para inatividade, prestação de concursos para outras atividades, expulsão, deserção, extravio, etc. E  os GEPAE/ UPP também perdem ( embora nos últimos 7 anos todos, todos, os 9.000 Policias Militares oriundos do saldo  dos 17000 formados no CFAP menos os 8000 que foram embora, tenham sidos classificados nos GEPAE/UPP, dai o desespero total e absoluto da população do Interior e da Baixada no tocante a falta de policiamento e consequentemente aumento dos índices criminais em suas áreas).

O inimigo não dorme e nem  tampouco troca de profissão. Se alguns ou todos os GEPAE/UPP estão a perder efetivo, fala-se que alguns já não detém 60% do efetivo original, a capacidade de atuar no terreno enfraquece.  Existem três formas de atenuar isso, uma diminuindo a área, no caso impossível, outra, apertando as escalas, difícil, tendo em vista que os atuais Recrutas foram formados sob outra ótica, a da flexibilidade, a da fluidez da identidade, a da escola ornitorinquiniana, a dos argumentos paisanos....Então sobra a decisão fatal de diminuir os postos de serviço no terreno . É ai que o criminoso das drogas começa a se assenhorear do território. Como o mercado não para, infelizmente os narizes não querem parar de cheirar, os pulmões não querem parar de  fumar e nem tampouco as veias parar de se injetar, a ocupação antes real, passa a ter tinturas de simbolismo, abrindo cada vez mais brechas para atritos, confrontos, escaramuças, ferimentos, mortes ( normalmente de PM). O principio do volume e da massa policial é totalmente enfraquecido, provocando com isso a diminuição do efetivo desdobrado no terreno. As madrugadas são longas e o inimigo é cruel, sabe que o terreno está ficando desprotegido e começa a ocupar postos a  cavaleiro e em um segundo momento a "patrulhar" determinadas áreas, antes ocupadas pelas Frações Policiais Militares, e o mercado e os mercadores da morte voltam a funcionar 24 horas.

O "gigantismo" com o tempo não permite que a supervisão, a ação de comando, a cadeia de suprimentos, principalmente armas, munições, alimentação, proteção individual,  comunicações, a reposição de efetivos, a ação correicional,  etc, acompanhem os fenômenos diuturnos sofridos pela Tropa desdobrada no terreno, passando a enfraquecer cada vez mais a cadeia de comando.

Portanto, creio humildemente,  já passou da hora do Grande Exercito, que é a valorosa PMERJ, dar uma parada estratégica, montar um alto guardado, estabelecer um perímetro de segurança de 360 º, acender algumas pequenas fogueiras fraternas e simbólicas, reunir seus iguais, e a seguir voltar aos compêndios do Estado Maior e Ordens e aplicar os conceitos de REORGANIZAÇÃO  para  CONSOLIDAÇÂO.
Repor e/ou reforçar o efetivo de todos os GEPAE/UPP, para que cada centímetro quadrado continue a ter PM, é salvar vidas, vidas PM.

Insisto no aspecto do açodamento em implantar Grupamentos sem retaguarda logística . Sucumbir ao canto da sereia do " GIGANTISMO" é  "colocar com sofreguidão, lenha na fogueira". É preparar o Quadro de Situação, para que incontáveis e sofridas mães e avós PM, a exemplo do recém assassinado Sd PM Rodrigo, bradem aos quatro cantos do mundo que "A PMERJ ESTÁ LANÇANDO NOSSOS JOVENS ( RECRUTAS)  A SANHA DOS LOBOS".

O "gigantismo" na administração civil é responsável pela perda de dinheiro.

O " gigantismo" na administração militar é responsável pela morte de PM, é bem diferente.
  
Nossa Policia Militar levou 205 anos para implantar 41 Batalhões Ordinários, não pode ter sido por acaso......

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Para finalizar, quanto ao episódio triste ocorrido na Rocinha , quero registrar que o PM não é Jesus Cristo.
 A hora que um " Bola de Ferro" bipolar ou não, com  15 dias de formado,  lançado a sanha dos lobos, sem saber o que é uma Fração Constituída PM, sem saber o que é Cadeia de Comando, sem saber os princípios básicos de coberta, abrigo e de soldagem de corpos para multiplicar forças e cismar (e com toda razão) de não oferecer a outra face para apanhar, conforme o pregado pelo Senhor  Jesus Cristo, estando fardado e armado, com certeza reagirá na forma da lei. E aí, mesmo que se use o principio gradual e proporcional da força, fatalmente vidas e talvez muitas, serão perdidas ( cada Pistola Policial possui no mínimo um carregador de 20 tiros e o Fuzil de 30). E a lei o amparará. Afinal, ninguém, mas ninguém, nem Cmt, Chefe, Diretor, Coordenador, Assessor, Presidente, Gerente, Governador, Secretário, Técnico, Treinador,Juiz, Padre, Pastor tem o direito e nem o amparo legal de dizer a um Policial Militar fardado e armado que ele tem que apanhar na cara e tomar tijoladas e pazadas nas canelas e ficar quieto, e oferecer a outra face, para continuar apanhando. Em qualquer lugar do mundo, atacar Policiais fardados é atacar o Estado e a Sociedade, sendo que em alguns rincões desse nosso imenso Brasil, tapa na cara é sentença de morte .O PM nessa situação tem e sempre terá o direito legal de reagir, usando os meios necessários para sobrepujar seus agressores, isso, se tratando de sua individualidade. E terá o dever de reagir a toda e qualquer injusta agressão contra sua farda , defendendo e representando a eterna força  de 205 anos de glória e inestimáveis serviços prestados a Sociedade, da Gloriosa Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A História do CAVEIRÃO- (8ª Parte/ Conclusão )

ESCANINHO DE RECORDAÇÕES

Em homenagem a lendária Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro e todos os heróis e heroínas sociais que compuseram e compõem seu efetivo. Seeellvvaaa!!!!

A História do Caveirão ( 8ª Parte/ Conclusão )

Continuação.

Assumi o Comando Geral da Corporação no dia 14 Jun de 2000.

Na primeira oportunidade que as cargas descomunais do Comando, suportadas em ombros frágeis, mas alicerçados por vontade férrea, permitiram, passado algum tempo para superar a internacional crise durante a  qual assumi o Comando, convoquei o Cel Maia, companheiro de longa data, a quem havia entregue os destinos da DGAL ( Diretoria Geral de Apoio Logístico). Conversamos longamente sobre  o projeto da que seria a 1 ª VBTP/T ( Viatura Blindada de Transporte de Pessoal/ Tropa) destinada ao confronto e emprego tático contra traficantes de drogas, armados com fuzis e granadas de guerra e encastelados em áreas criticas de nosso Estado. Nessa ocasião passei  alguns croquis,  sem muito detalhamento,  para ele, nos quais eu registrara em esboço primário o lay-out que eu acreditava ser o que atenderia nossas necessidades naquele momento. ( Eu tinha um certa facilidade de elaborá-los em razão de haver cursado a Faculdade de Engenharia ). O Cel Maia anotou a reunião nos mínimos detalhes e levando os desenhos iniciais  com ele, disse que conversaria com seus auxiliares e prometeu-me uma solução. Ao final deixou o gabinete registrando que também havia se apaixonado pelo projeto.


Passado algum tempo o DGAL pediu-me permissão para visitar o Parque Fabril do Estado de São Paulo, o qual achava após algumas pesquisas, que seria o único capaz de construir uma viatura com as especificações que havíamos estipulado.
Retornou com boas noticias. Havia localizado e entrado em contato com algumas firmas capazes de executar nosso projeto, nos moldes dos desenhos e especificações apresentadas.
 Cumpridas concomitantemente as formalidades legais, e após reunião com o EMG, o pessoal da DGAL e o Cmt do BOPE, Ten Cel Moura, avaliamos as propostas apresentadas. Ato contínuo, fechamos contrato com a firma vencedora. À época o custo estipulado foi na ordem de R 90.000,00 ( noventa mil reais).

Como se tratava de projeto inédito, sem referenciais comparativos,  o tempo acordado começou a ultrapassar o estimado inicialmente. Muitas visitas de inspeção aos locais de fabricação foram realizadas pelo EMG,  DGAL e representantes do BOPE. Até que no 2 º Semestre de 2001, o projeto foi concluído e apresentado no pátio do QG, pronto para a realização dos testes finais. A mais nova arma da PM, sua 1 ª VBTP/T,  a partir daí passaria pelos mais rigorosos testes que o BOPE, o CMM e a DGAL pudessem executar, dada a sua destinação.
Entre outros testes , lembro-me de alguns principais : Compatibilidade entre motor e caixa de marcha, temperatura interna, visibilidade do condutor ( pontos cegos), adequação da torre de tiro/observação, tamanho compatível com o terreno que iria operar, disposição e eficiência de seteiras, a eficácia de linhas de tiro laterais  e frontais, segurança e otimização do acesso e descesso de portas laterais e traseiras, e finalmente blindagem, principalmente blindagem. Cargas e cargas de tiros de fuzis 5.56 e 7.62, estando a Vtr parada e em movimento, foram disparadas contra a mesma, explorando-se todos os ângulos e distancias possíveis. Uma de nossas preocupações era o ricochete. Sua couraça não bastava para nós que parasse as balas/projetis inimigos, tinha que ter a capacidade de não atingir ninguém através de balas ricocheteadas em sua blindagem. Nunca esquecendo que eu já havia passado por experiência terrível relativa a projetís ricocheteados em Vtr Policial para ações de choque, ao utilizar o PALADINO em outrora Operação Policial no Morro da Mineira, já registrado em capítulo anterior.
 Após vários testes de tentativa e erro, descobrimos a fórmula ideal, qual seja, uma camada metálica exterior que amortece mas deixa o projetil penetrar, mantendo-o seguro em parte, e uma camada de blindagem impenetrável interna que impede totalmente o projétil penetrar no interior da Viatura. Desta forma as centenas e  centenas de balas criminosas  dirigidas ao blindado, nele ficariam sem penetrar na segunda camada, a interna , nem ricochetear. Lembrei-me em um primeiro momento dos antigos papeis pega-moscas.
 Após uma infinidade de testes, o sonho do velho soldado se realizou. Ali estava na minha frente, no  histórico e estratégico pátio do QG/PMERJ, a materialização do tão ansiado projeto da 1ª VBTP/T ( Viatura Blindada de Transporte de Pessoal/Tropa) da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, com a finalidade precípua de  acessar áreas críticas e confrontar criminosos armados com armas de guerra e granadas ceifadoras de vidas de Policiais.


Passo a seguir a registrar alguns questionamentos que sempre me fazem:

1. Por que a Vtr foi distribuída ao BOPE ?

R.Porque se tratava de um Material Bélico novo e inédito na Corporação, tanto pelo modelo quanto aos fins a que se destinava. Tínhamos portanto que testa-lo e retesta-lo  nas mais variadas condições de  combate. Tínhamos que preparar equipes para opera-lo, e criar rotinas técnicas e táticas de procedimento de emprego, principalmente sob fogo inimigo. E ninguém melhor que o BOPE para cumprir essa missão. A UOpE recebeu então a incumbência de ser seu primeiro operador e confeccionar, mediante Diretriz do EMG, um Manual de Procedimento de Emprego da 1ª VBTP/T.

2. Por que a Vtr foi pintada de preto ?

R. Porque inicialmente ela foi orgânica do BOPE, e essa era sua cor padrão.

3. Por que o termo "CAVEIRÃO, o qual com o tempo passou a ser sua  eterna e insubstituível denominação ?

R. Porque o símbolo do BOPE, é a "vitória sobre a morte" identificada heràldicamente como uma Caveira. Como as proporções da Vtr eram bem maiores  que as demais Viaturas, ao se aplicar o símbolo da Caveira tivemos que aumentar suas proporções seguindo os ditames técnicos da aplicação do "segmento áureo" para se atingir a proporcionalidade perfeita. Pois bem, lá ficaram, nas laterais e  capô  da VBTP/T do BOPE grandes Caveiras pintadas. Na prática, grande Caveira é igual a  CAVEIRÃO.  Pronto, com o aumento da exposição da Viatura junto ao público, o próprio povo deu-lhe imediatamente a denominação de CAVEIRÂO,  e ficou, até os dias de hoje. Mesmo que os Chefes que se seguiram , tentassem chamá-la de Pacificador, COTER, Blindado, etc, mas o nome CAVEIRÂO, ficou, para sempre..... Como um ícone no combate a criminalidade violenta, portando armas e granadas de guerra.

4. Já havia a ideia de adquirir futuramente novas Viaturas Blindadas ?

R. Sim, mas somente  após treinarmos  e aprendermos  à exaustão técnicas e táticas através do projeto- piloto.

5. Essas acusações de que Policiais  Militares, ao longo de seu emprego, usavam o auto- falante da Vtr para aterrorizar a população com ditos vulgares tipo : "Atenção, chegou o CAVEIRÃO, eu vim buscar a suuaa aaallmma!!!!", etc.., etc..

R. Nunca foi provado que esses fatos tiveram lugar em algum momento.



Desta forma , a partir do final do ano de 2001, a 1ª VBTP/T ( CAVEIRÃO ) começou a ser empregada em operações reais contra os traficantes de drogas armados com armas de guerra, segundo as Diretrizes do Comando Geral da PMERJ.

O sucesso operacional começou  a surgir imediatamente, levando-nos a seguir fielmente o " Princípío da Exploração do Êxito". Locais que tínhamos alguma dificuldade para incursionar, passaram a ser vasculhados com alta frequência. Sempre usando-se a tática de subir com uma Patrulha de Combate no interior da Viatura Blindada, normalmente sob intenso fogo inimigo, e descer a pé varrendo a área de cima para baixo, com pés de Mercúrio e mãos lançadoras de raios de Zeus, permitindo assim que o restante do BOPE e a Tropa convencional ocupassem o terreno de baixo para cima, já com os sentinelas inimigos fora de combate. Borel, Alemão, Mineira, São Carlos , Juramento, São José Operário,  Maré, Vila Cruzeiro, Caroba, Aço, Estado, Lagoinha, Salgueiro, Vila Ipiranga, Manguinhos, Jacarezinho, Providencia, entre outras áreas críticas,  foram totalmente dominadas com esta nova ferramenta policial.

O que foi altamente gratificante porém, foi ver que na prática o seu papel/conceito de " Colete à Prova de Balas Coletivo" funcionou plenamente. Centenas e centenas de vidas de Policiais Militares , Policiais Civis, Policiais Federais  e Civis passaram a ser salvas de forma direta e indireta.
Foi realizada inclusive no ano de 2006, pelo EMG da Policia Militar, através de sua Seção de Criminalística,  um meticuloso trabalho de perícia nas unidades blindadas que comprovaram e registraram uma quantidade impressionante de impactos de projetís inimigos nas carcaças dos CAVEIRÕES. Impactos esses que se lá não estivessem, fatalmente estariam nos corpos de Policiais e Civis.



 Com o passar do tempo, os novos dirigentes das Policias, tanto PM como Policia Civil  e também de outras Corporações Co-irmãs, do brasil inteiro, inclusive a Federal, adquiriram Viaturas Blindadas semelhantes ao nosso primeiro modelo de  CAVEIRÃO ( 51-0001 ) .                           

Finalmente , pelo menos até o momento, seguidas tentativas de se adquirir modelos excêntricos de Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal/Tropa para emprego policial, nos moldes do CAVEIRÃO, não tiveram o resultado desejado. Primeiro adquiriram-se viaturas com blindagens inadequadas, às quais a Tropa sabiamente passou  a denominar de "cascas de ovo". Depois surgiram algumas montadas sobre chassis de carretas, às quais demonstraram-se inviáveis para operar em becos e vielas de áreas críticas. Depois buscou- se desenfreadamente inspiração em modelos alienígenas, visitando-se os mais variados Países, como Rússia, Israel, Coreia do Sul, Croácia,  E.U.A, África do Sul, Portugal, França, Alemanha, Tibet, Saramandaia, Terra do Nunca, Narnia , etc.etc.etc. sem que o objetivo, até agora fosse alcançado.  Mas até agora, a tropa sente saudade mesmo é da insubstituível Viatura numérica  51-0001, batizada carinhosamente de CAVEIRÃO VOVÔ, que incontáveis vidas salvou, e que foi o PRECURSSOR e amalgamador da doutrina  do emprego de Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal/Tropa, no combate a criminalidade organizada, violenta,  armada de fuzis e granadas e encastelada em terrenos de difícil acesso.

Numerosas campanhas algumas prós e outras contra, inclusive internacionais,  pautaram o uso do CAVEIRÂO, pelas Forças Legais, enquadrando a nova ferramenta policial ora como  AMIGA ora como INIMIGA da Sociedade.

Incontáveis TTP ( Trabalhos Técnico Profissionais), Teses, Dissertações, Artigos Científicos, tomaram o mercado acadêmico, militar e civil usando como tema regular e recorrente, o CAVEIRÂO.


 Finalizo registrando com honra e orgulho profissionais  o recebimento de uma miniatura, muito bem feita por sinal, não catalogando  o nome do artista por infelizmente desconhecê-lo, ( ainda é tempo), do guardião CAVEIRÃO. Tal lembrança me foi ofertada em Dezembro de 2007, após 6 anos de prática técnica e tática de uso no terreno do " Colete à Prova de Balas Coletivo ", pelo então Comandante do 16º BPM, ilustre Cel PM Marcus Jardim, com uma placa de bronze insculpida em sua base na qual se lê, em cópia autêntica : Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Primeiro Comando de Policiamento de Área, Décimo  Sexto Batalhão de Policia Militar, ao  Cel PM  Wilton Soares Ribeiro, eterno Comandante Geral, PAI DO CAVEIRÃO: LIDERASTE NOSSA CORPORAÇÃO COM VIBRAÇÃO INCOMUM, MAS SOBRETUDO COMANDASTES PELO EXEMPLO. FOSTES TAMBÉM EXEMPLO DE VOCAÇÃO. A MINIATURA OFERTADA È FRUTO DE VOSSA CRIAÇÃO, TRATA-SE DE NOSSO VEÍCULO BLINDADO, CARINHOSAMENTE APELIDADO DE CAVEIRÃO   E QUE HOJE SE CONSTITUI EM NOSSO MAIOR SUPORTE  NA LUTA CONTRA O TRÁFICO ARMADO. MUITO OBRIGADO. Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2007. Marcus Jardim Cel PM Comandante.

É isso aí, MISSÃO CUMPRIDA, esta é a história do CAVEIRÃO.  Obrigado.

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OBS- Não percam as próximas publicações ,  as histórias  do GAM ( Grupamento Aeromarítimo  Ten PM  Antunes) e do GPAE ( Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais).

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Feliz Natal e um 2014 com saúde e vitórias.

Sou otimista, sempre fui. Afinal de contas as inexplicáveis e injustificáveis perdas institucionais do 1º BPM, 13º BPM, LIF, BPTRAN, BPFER, BPFMA, ESPM etc, bem como incontáveis DPO, PPC, Cabines, também etc, , não podem de forma alguma levar Guerreiros a clima  de depressão. Temos que raciocinar que a quase perda e heróica luta pela manutenção do QG/ PMERJ, Regimento de Cavalaria, Colégio da Policia Militar, 6º BPM, 2º BPM, 23º BPM, GAM, GEPE, Serviço de Emergência do HPM/Nit,  etc, resultaram em considerável contrapeso a favor do bem, em relação a autofagia castrense /histórica/estratégica que se apoderou da Corporação PMERJ, sob o manto de discutível conceito de modernização. Portanto há que se comemorar, nada a lamentar . Agradecer ao Criador e prosseguir na luta, principalmente para glorificar aqueles que já deixaram os campos de batalha terrenos.
 Desta forma, ao final de equilibrado ano, minha família e eu, desejamos  a todos os amigos e todas as amigas um Feliz Natal e todo o período de 2014 com saúde e vitórias.
A chave da manutenção da felicidade  orienta para o exercício permanente da sabedoria em esquecer os maus momentos e lembrar sempre dos bons. Desta forma quero,  de maneira especial, relembrar um deles, em homenagem singela aos meus queridos netos João, João Pedro e Lucas, queiram ou não detentores de parcela de responsabilidade pela manutenção da saga dos cidadãos de/do bem de nossa sociedade. Até a próxima.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

UPPinha é o cacete !!!!!!!

Com todo respeito ao heróico povo de Niterói , São Gonçalo e Maricá , mas UPPinha é o cacete!!!!!

Nosso Município está há sete anos, juntamente com São Gonçalo e Maricá,  sendo tratado na área da segurança pública como se fôssemos cidadãos de 2ª classe, sub-raça, habitantes de colônias conquistada em épocas medievais. Não , não somos. Somos contribuintes, pagamos nosso impostos em nossas glebas como os da corte também pagam ou deveriam pagar. A Fusão foi decretada em 1975. A partir dessa data passamos a constituir um único Estado. Não mais Guanabara, não mais antigo Estado do Rio de Janeiro.  De 1975 até 2006  todo o planejamento de segurança pública, vislumbrava e cuidava da demanda e distribuição de recursos de Varre Sai a Paraty. O que vemos e sentimos hoje  é que a desfusão na área da segurança pública foi  decretada em 2007. Uma linha imaginária na área da segurança restabeleceu o perímetro e área da antiga Guanabara e passou a ali injetar todos os seus recursos de segurança, como se o antigo Estado do Rio de Janeiro nunca existisse. A partir daquele ano nem mais um Policial  Militar foi enviado em reforço às nossas ruas. E os que vieram eram abduzidos alguns dias após e acordavam já policiando bairros da Zona Sul da antiga Guanabara.   O 12º e o 7º BPM viram irresponsável e indecorosamente seus efetivos baixarem de 1400 para 700 e 1000 para 400 respectivamente. Para aumentar cada vez mais o desequilíbrio de forças passaram a nos mandar também levas e levas de traficantes, facínoras , estupradores, 157, latrocidas,  etc, como se por aqui já não tivéssemos bastante deles para assassinarem, roubarem, humilharem,  traumatizarem  as famílias fluminenses.
Eis que hoje, dia 14 Novembro, o outrora  heróico e combativo Jornal A Tribuna, traz noticia com tom de euforia informando que " Niterói já está a   merecer uma UPP", o também  outrora cioso Jornal  O Fluminense, ontem, já dava sob a forma de alvíssaras e rufar de tambores,  que "Niterói vai receber duas Companhias Destacadas. E finalmente aparece na primeira página do jornal  EXTRA, de hoje, 14 Nov, que : " Niterói ganhará duas UPPinhas, uma vai ser no Morro do Estado".
Ora, diante deste quadro , só nos resta bradar: COM TODO RESPEITO AO HERÓICO POVO DE NITERÓI, SÃO GONÇALO e MARICÁ, MAS UPPinha É O CACETE  !!!!!!
Como esquecer que   Niterói já teve dois GPAE/UPP ( Cavalão com 120 homens e Morro do Estado, com 90 homens ) e uma Cia Destacada ( Caramujo/Lagoinha com 90 homens). Todos com Sede fixa de alvenaria. Todo este modelo de ocupação e distribuição espacial do policiamento foi exterminado pelo sistema atual , transformando-os em DPO a 3 homens por dia, a partir de 2008/2009. Os traficantes agradecem até hoje. Suas máquinas de destruir famílias nunca foram tão eficientes. A imprensa não tem memória. A imprensa perdeu o respeito pela população de bem. As outroras "forças vivas" de nossos Municípios parecem estar anestesiadas. E as estatísticas criminais  ladeira acima. E as famílias Niteroienses, Gonçalenses e Maricaenses cada vez mais assustadas, atingidas,  traumatizadas, descrentes. LAMENTÁVEL, EXTREMAMENTE LAMENTÁVEL......

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fator Selva sempre presente. É forte a cena, mas é a lei da SELVA. Ela não deveria estar enclausurada desta forma, mas mesmo assim, age e reage como sempre a natureza lhe ensinou. Seeellvvaaa!!!!

                






 

             
Notícias / Planeta Bicho - 01/11/2013                                                 Onça ataca garça no zoológico de SP e deixa visitantes em pânico



Imagens foram capturadas por rapaz que estava no local


por Globo Rural On-Line

Editora Globo
Foto: Reprodução/Youtube

Um grupo de visitantes do zoológico de São Paulo tomou um grande susto. Eles observavam o comportamento de uma onça quando o animal avistou uma garça e a atacou. A ave branquinha sobrevoava o espaço reservado ao felino quando foi abocanhada.

O vídeo, postado na web por Luis Gustavo Bussioli, mostra apenas o ataque, mas é possível ouvir os comentários e gritos deseperados das pessoas que acompanharam a cena.
Editora Globo
Foto: Reprodução/Youtube

A garça não sobreviveu ao ataque. Assista: