Aves do Pantanal
por Fábio Paschoal em 22 de setembro de 2016

É impossível não se encantar com as aves do Pantanal. Onde quer que você olhe, lá está uma nova espécie que você nunca havia visto antes. Cada uma com uma plumagem diferente, com cores tão vibrantes que as vezes nos fazem indagar se são realmente naturais. Com tanta variedade, é fácil entender porque tantas pessoas são amantes das aves, elas estão sempre ativas, são belas e estão por toda a parte.
[Veja o capítulo 1 da série Pantanal: Terra das Águas]
[Veja a introdução e o sumário da série Pantanal: Terra das Águas]
Escolha uma cor. Pode ser preto como o anu-preto, branco como a garça-branca, cinza como a curicaca-pantaneira, marrom como a coruja-buraqueira, verde como o papagaio-verdadeiro, amarelo como o canarinho-da-terra, laranja como o joão-pinto, vermelho como o verão, azul como o saí-andorinha ou multicoloridas como o araçari-castanho. Para cada cor escolhida existe uma ave correspondente.
Os penteados são os mais diversos: o mutum-de-penacho tem cabelo encaracolado, a garça-real tem rabo de cavalo, o pica-pau-velho tem moicano. Tem os que preferem investir no topete, como a seriema, e os carecas, como o urubu-rei.
Os bicos, bem variados, servem para conseguir o alimento que precisam de formas diferentes. Podem ser robustos para quebrar sementes, como o das araras; finos e delicados para pegar insetos, como o das arirambas; afiados para cortar carne, como o dos gaviões; em forma de lança para pescar, como o dos biguatingas; ou até em forma de colher como o do colhereiro, que o usa para procurar micro crustáceos nas poças. Outros desenvolveram bicos com várias funções, como o Tucano, que além de se alimentar de frutas usa seu longo bico para pegar ovos e filhotes de outros pássaros.
O momento mais crítico na vida de uma ave é o período em que ela está no ninho. Por isso, elas desenvolveram estratégias para proteger seus filhotes. O joão-de-barro constrói um ninho com uma entrada em L e coloca seu ovo dentro de uma câmara protegida do bico do tucano que não pode fazer a curva.
O bico-de-prata coleta fibras de palmeira, as costura para formar um ninho em forma de pêndulo e deixa um pequeno buraco como entrada. Quando o adulto entra no ninho o peso dele faz a entrada fechar. O japuíra constrói um ninho com a mesma estrutura, mas utiliza fungos com espessura de fios de cabelos, que coleta nos troncos das árvores.
Os pica-paus fazem buracos em árvores ou cupinzeiros para botarem seus ovos e ficarem protegidos. Aves maiores, como papagaios e araras, aumentam esses buracos e para poderem utilizá-los com o mesmo fim.

Existem aves que não constroem ninho nenhum. O quero-quero coloca o ovo no chão e ataca qualquer coisa que chegue perto dele. O joão-pinto prefere utilizar o ninho feito por outros pássaros. Já a arara-azul, que enfrenta dificuldades para construir seu ninho em uma cavidade natural, conta com a ajuda do Projeto Arara Azul, que instala ninhos artificiais nas árvores e aumenta as chances de sobrevivência da espécie. Graças aos esforços do Projeto, a arara-azul saiu da Lista de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção.

As aves conquistaram todos os cantos do planeta. Sua graça, diversidade e onipresença são extraordinárias e produziram um exército de entusiastas preparados para enfrentar as condições mais difíceis para observá-las na natureza. Essas pessoas podem ser uma grande ajuda na luta pela conservação desses seres alados.
Que nossos céus continuem sempre coloridos pela beleza das aves.
[Não perca o capítulo 3 de série Pantanal: Terra das Águas na próxima quinta-feira (29)]
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Primeiro o Comando Vermelho e suas subdivisões diante da entrada das UPPs com o apoio das Forças Armadas deu uma certa refluída. Mantiveram algumas esticas aqui e ali, algumas lideranças, as que estão nas ruas, ou foram para a baixada Fluminense ou São Gonçalo e Niterói ou mesmo para o interior do estado montando novas bases de tráfico de drogas.
Ao mesmo tempo, face a estratégica completamente equivocada em nossa opinião das ocupações anunciadas os traficantes puderam não só montar bases móveis nas matas circunvizinhas às favelas e instalar nestas matas grandes paióis de armas, munições e drogas e de lá monitoravam as ações policiais, abasteciam as ‘esticas’ e volta e meia fustigavam os efetivos das UPPs com ações armadas.
E assim foram sentindo o pulso da política de segurança. Uma coisa logo foi identificada pelas lideranças do Comando Vermelho. Com exceção da UPP Dona Marta nenhuma outra reunia condições para um domínio territorial completo nas comunidades e seus em torno e isto levou os traficantes a reocuparem estas áreas.
E os fustigamentos aumentaram, elevando-se ao patamar de confrontos de maior duração e de maior letalidade tanto para os marginais, quanto para a PM e ainda de sobra para os moradores das comunidades. Outro ponto facilmente verificado foi a falta de preparação adequada de PMs de algumas UPPs que incorreram em erros gravíssimos como o ‘Caso Amarildo’ na Rocinha e o desaparecimento de quase dez pistolas na UPP do Parque Alegria no Caju.
Estava demonstrado cabalmente que os PMs das UPPs eram suscetíveis a comportamentos questionáveis e iguais a que maus PMs já tinham tido na história da corporação.
No quesito enfrentamento o Comando Vermelho observou também outras facções, principalmente o Terceiro Comando e o Terceiro Comando Puro enfrentando frontalmente PMs das UPPs em suas áreas e em vários destes confrontos o resultado foi até mesmo trágico para os PMs como no caso do Morro da Coroa, no Catumbi, onde um PM perdeu as pernas por um ataque com granadas.
O cenário estava pronto e completo. O Comando Vermelho percebeu que podia passar para o confronto direto e aberto com os PMs das UPPs e das Unidades regulares, refluindo apenas nas grandes operações que envolvessem o BOPE, o Batalhão de Choque e o de Ação com Cães ou de Delegacias Especializadas da Polícia Civil retornado ao fim das operações a seus postos.
Os alvos passaram a ser as bases das UPPs, criminosamente feitas de lata, a patrulhas de PMs das UPPs dentro dos morros e viaturas em qualquer lugar da cidade, principalmente à noite ou nas madrugadas.
Para os soldados do Comando Vermelho a morte não tem a mesma importância que tem para os PMs. Um traficante quando opta por sua entrada na chamada ‘vida loka‘, a vida do crime, ele sabe que dificilmente chegará aos trinta anos a não ser que pegue uma longa pena na cadeia e já um PM tem a pretensão, apesar de saber os riscos de sua profissão, de cumprir integralmente sua missão até o dia de sua justa aposentadoria junto à sua família.
O momento no Rio é gravíssimo em nossa opinião e tempos atrás escrevemos aqui que os bandidos do Rio haviam perdido completamente o respeito pelos policiais caçando-os pelas ruas e nas proximidades de suas casas, torturando-os e executando-os.
Hoje o quadro é outro. O Comando Vermelho perdeu o respeito pela PM ( a Polícia Civil tem estado muito ausente nas favelas e acaba não sendo uma prioridade para as lideranças do CV tanto nas ruas quanto as da cadeia) e não a vê mais como uma ameaça e sim como um alvo. Inclusive em algumas comunidades estabelecendo preço pela cabeça de determinados PMs mais combativos.
Qual é a resposta que a sociedade pretende dar a esta situação? Continuar ouvindo as mesmas desculpas esfarrapadas de sempre?

